sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jardim das Acácias

 

Te lembro menina,
Ruas de barros
Cercas que nos aproximavam,
Eu no portão de casa
Que via a vida que passava.

Festas das neves,
Princesa por breves e eternos momentos.
Lagoa que me mostrava silenciosamente
Que chegávamos ao centro.

Frente das casas repletas de amigos.
Vizinhos confidentes.
Lua que víamos surgir
Sol que esperávamos despontar
Sem do medo experimentar.

Te lembra moça,
Virgem inocente, pura,
Meu corpo que se transformava
Novas emoções que me assustava.
Discotecas, Tuaregs.
Embalos de sábado à noite,
No Varjão, Jaguaribe.

Te vejo mulher, desvirginada.
O encanto no tempo se perdeu,
Favelas, áreas invadidas,
Onde não residem famílias,
Mas abrigam pessoas banidas.
Seres marginais com o rosto a ocultar.

Cidade verde,
A mais verde do Brasil.
Quero ver dos teus verdes
Surgir a mais forte das esperanças.

Perceber nos teus moradores
A alegria de residir
Nos mesmos bairros
De amigos, vizinhos companheiros.

Quero ter felicidade de residir
Nesta tão linda cidade,
Onde o sol nasce primeiro.
Nos abençoando com os primeiros raios
Um povo que tem a fama
De ser hospitaleiro.
          Raquel Free











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