sábado, 29 de janeiro de 2011

Iara


Gostaria de te ver
Como quem admira
O Amanhecer!

Gostaria de te ver
Com a segurança
D´um bucólico
Entardecer!

Gostaria de te ver
Possuidora de uma
Beleza que só
Possui o Alvorecer

Gostaria de te ver
Como um Anjo
Sem nunca perceber...

Gostaria de te ver
Com Olhos que
A razão nunca
Vão compreender!


Gostaria de te ver
Possuído por um
Sentimento sublime
Maior que o querer...

Gostaria de te ver
Sem a prisão
Que foi o
Medo de te
Perder!

Gostaria de te ver
Com a sabedoria
Que só possui o
Alvorecer

Gostaria de te ver
 Igual a um Guia
Que zela você!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A INVASÃO NO ALEMÃO

 
1

Foi notícia nos jornais,
Mostrou a televisão
A desordem na cidade
A tamanha confusão
O ataque de bandidos
E o terror no Alemão. 


2


Ó meu São Sebastião,
Mártir Santo Padroeiro,
Proteja a população
Deste Rio de Janeiro
Que sofre com a violência,
Dum grupo de bandoleiro.


3


É polícia pra todo lado
É bandido e caveirão.
Com essa violência toda
Quem sofre é a população
Que fica presa em casa
Com medo da situação.


4


É todo mundo botando
Em suas portas tramelas.
É bala comendo solto,
No asfalto e nas favelas.
Sofre pobre, sofre rico,
Fugindo destas Mazelas.


5


Por falta de segurança.
Escolas foram fechadas.
O terror é bem visível
Nas imagens propagadas.
Com tanta barbaridade,
Só com as forças armadas!


6


Até a igreja da Penha
Recinto de oração 
Nesta guerrilha urbana
Foi vítima de invasão
Pelo espaço sagrado
Faltou consideração


7


Ônibus incendiados,
Motos, carros, também.
Com a revolta do povo,
A resposta logo vem.
Autoridades unidas,
Traçam planos que convem


8


Sofreu a Vila Cruzeiro,
E tremeu o Alemão.
Ao ver as autoridades
Tomando a decisão
De invadir a favela...
E houve a invasão!


9


Exército compareceu
Com seu verde esperança.
E mostrando sua força
A todos deu e confiança
Anunciando enfim
Que chegaria a bonança.


10


Bandido foi transferido,
Pra outra jurisdição.
Alguns foram mortos,
Com a polícia em ação.
E outros se entregaram
Indo parar na prisão.


11


O reboliço foi feio,
O bicho de fato pegou.
Teve até mãe de bandido
Que seu filho entregou
Querendo salvar a cria
Que um dia ela gerou.


12


Policiais e políticos,
E toda sociedade,
O povo todo unido,
Teve, sim, autoridade
Para colocar um fim
Na cruel barbaridade.


13


Eu não sei se realmente,
Mudará a situação,
E todo esse processo
Sem a continuação
Não ajudará em nada
O morro do Alemão.


14


Que essa comunidade,
Seja então pacificada.
Que crianças corram livres
Sem temer sua estrada.
E que os trabalhadores
Voltem a sua jornada.


15


Espero que os políticos
Cumpram a obrigação
De dar estudo, trabalho
A carente população,
Das pobres comunidades
Sedentas de solução.


16


Na favela tem bandido,
Isso é uma verdade.
Mas também tem gente boa,
Com sua dignidade.
Que merece nova vida
Com menos dificuldade.


17


Aonde o poder público,
Firme, não se manifesta,
E a tropa do mal chega
Fazendo a sua festa
No comando do lugar
Aparece sempre um testa.


18


Tanto pode ser bandido
Como algum miliciano.
Que lá na comunidade
Acaba então mandando.
E quem mora na favela
Sofre com este comando.


19


Mais uma vez eu convoco
Ao meu Santo padroeiro,
Que proteja a cidade
Que é o Rio de Janeiro.
Ó meu São Sebastião,
Livrai-nos deste salseiro.


20


Neste cordel eu registro.
Um caso que se passou 
No fim de dois mil e dez.
E a todos apavorou, 
Mas o Rio de Janeiro

Bem alegre ressuscitou.  


Dalinha Catunda
(Cordel citado no Globo Rural de 02.01.2011, no aniversário de 31 anos do programa)

http://mundocordel.blogspot.com/

“A arma é uma Isca para fisgar! Você não é Policia para matar!”



O Chico Biu 
Uniu o nosso 
Destino! 
A Tarraxinha é 
Nosso Hino!
Baseado em fatos 
Reais!
Nazismo nunca mais!
Retroceder nunca!
Rendesse jamais!
O Medo é meu
Seguidor!
A Dor é meu 
Pastor!
Minha avó é
De Salvador
Doutor Severiano é
Meu vô!
O meu Romantismo
Consiste em ver
No teu espirro 
O maior sinal
De Amor que
Existe!
Marreco, ganso e pato
Santíssima trindade dos otários
Viado, piranha d´boa!
Mais ta ligado...!
Traíra é mato!
Não vendo fiado!
Dois e dois quatro
Ave Maria Jota
Estar com a Cristal
Tudo de mais 
Faz mal!
Etc & Tal...
Filho da Puta
Cara de pau... 
...e para finalizar
Quero destacar :

“A arma é uma 
Isca para fisgar!
Você não é 
Policia para matar!”

Sinsemilla, Chá de 
Cidreira,
Erva doce e
Camomila...
D´ Mataraca a 
Cabedelo 
É so noia e 
Desespero!
Tenho na Agonia 
O suprassumo de 
Minha Filosofia
Eu e Tu 
Mais 
5 litros de Pitu
Viagra, Arabu, and
Fuck You
Em mulher não
Se bate nem 
Com uma Flor
Já dizia meu 
Avô!
Nunca diga nunca!
Antes tarde que nunca!
D´aquela água nunca! 
Beberei...
Bicho prego do 
Querei!
Nosso Amor é 
Eterno, sei...
Ei, Teu nome
É ei?!
No Bairro é
Foda!
La tem Embolada!
Ciranda e Samba 
De Roda...
Mas ta ligado!?
Vá com um 
Chegado
Amo o Gordo
De Paixão!
A Putaria tenho
Devoção!
Sou sobrinho de 
Titão!
Do Grotão rua
Do Can Cão
Segui as migalhas
De pão!
E sendo Broder 
Seu, o touqe
Ta dado...
Pode crer Punk
To ligado!
Marquinho foi fechado
Junto com dois
Chegados
Fuzilado!
Na barraca de 
Maria...
Onde bebiam
O Mar viu 
Tudo!
A Ressaca é
Seu Luto!
...E por aqui
Fico ao som
Do Dj Negro
Rico
Mas só para
Relembrar

“A arma é uma 
Isca para fisgar!
Você não é 
Policia para matar!”

“Parece Cocaína, mas”. 
É só tristeza”
Filosofia da Miséria? 
Ou
Miséria da Filosofia?
Quando fui a 
Catingueira comi Su shi 
Com rapa de 
Juá 
Dona Maria gritava:
Asopra mininu mode 
O fogo pega!
“Luar é meu 
Nome aos avessos
Não tem fim
Nem começo”
Jacaré é Jacaré
...E marquinho é 
O bicho!
Se me tem Amor
Coma a minha
Dor!
Nicácio é Nicanô
Pablo é Dodô
Roberto é Caolhô
Joaquim é Nabucô
Dj é Ricô
“Não compre plante!”
“Tantos livros na 
Estante”
“Olho por olho
Dente por dente”
Quelé caboco porreta
Mascava Pimenta Malagueta
Vivia como rei
Na sarjeta
Tinha tatooado nas
Sobrancelhas:

“A arma é uma 
Isca para fisgar!
Você não é 
Policia para matar!”

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