Sou poetisa do absurdo! expressos emoções. falo sobre coisas do além-mundo. De uma forma que me entendam, de uma maneira que me compreendam. Expresso dor, alegria ou revolta! São as palavras a baterem na minha porta. Através delas eu saio e entro no seu interior. De uma desconhecida posso me transformar em uma amiga e quem sabe em uma intrigante inimiga.
1 Foi notícia nos jornais, Mostrou a televisão A desordem na cidade A tamanha confusão O ataque de bandidos E o terror no Alemão. 2 Ó meu São Sebastião, Mártir Santo Padroeiro, Proteja a população Deste Rio de Janeiro Que sofre com a violência, Dum grupo de bandoleiro. 3 É polícia pra todo lado É bandido e caveirão. Com essa violência toda Quem sofre é a população Que fica presa em casa Com medo da situação. 4 É todo mundo botando Em suas portas tramelas. É bala comendo solto, No asfalto e nas favelas. Sofre pobre, sofre rico, Fugindo destas Mazelas. 5 Por falta de segurança. Escolas foram fechadas. O terror é bem visível Nas imagens propagadas. Com tanta barbaridade, Só com as forças armadas! 6 Até a igreja da Penha Recinto de oração Nesta guerrilha urbana Foi vítima de invasão Pelo espaço sagrado Faltou consideração 7 Ônibus incendiados, Motos, carros, também. Com a revolta do povo, A resposta logo vem. Autoridades unidas, Traçam planos que convem 8 Sofreu a Vila Cruzeiro, E tremeu o Alemão. Ao ver as autoridades Tomando a decisão De invadir a favela... E houve a invasão! 9 Exército compareceu Com seu verde esperança. E mostrando sua força A todos deu e confiança Anunciando enfim Que chegaria a bonança. 10 Bandido foi transferido, Pra outra jurisdição. Alguns foram mortos, Com a polícia em ação. E outros se entregaram Indo parar na prisão. 11 O reboliço foi feio, O bicho de fato pegou. Teve até mãe de bandido Que seu filho entregou Querendo salvar a cria Que um dia ela gerou. 12 Policiais e políticos, E toda sociedade, O povo todo unido, Teve, sim, autoridade Para colocar um fim Na cruel barbaridade. 13 Eu não sei se realmente, Mudará a situação, E todo esse processo Sem a continuação Não ajudará em nada O morro do Alemão. 14 Que essa comunidade, Seja então pacificada. Que crianças corram livres Sem temer sua estrada. E que os trabalhadores Voltem a sua jornada. 15 Espero que os políticos Cumpram a obrigação De dar estudo, trabalho A carente população, Das pobres comunidades Sedentas de solução. 16 Na favela tem bandido, Isso é uma verdade. Mas também tem gente boa, Com sua dignidade. Que merece nova vida Com menos dificuldade. 17 Aonde o poder público, Firme, não se manifesta, E a tropa do mal chega Fazendo a sua festa No comando do lugar Aparece sempre um testa. 18 Tanto pode ser bandido Como algum miliciano. Que lá na comunidade Acaba então mandando. E quem mora na favela Sofre com este comando. 19 Mais uma vez eu convoco Ao meu Santo padroeiro, Que proteja a cidade Que é o Rio de Janeiro. Ó meu São Sebastião, Livrai-nos deste salseiro. 20 Neste cordel eu registro. Um caso que se passou No fim de dois mil e dez. E a todos apavorou, Mas o Rio de Janeiro Bem alegre ressuscitou.
Dalinha Catunda (Cordel citado no Globo Rural de 02.01.2011, no aniversário de 31 anos do programa) http://mundocordel.blogspot.com/
O Chico Biu Uniu o nosso Destino! A Tarraxinha é Nosso Hino! Baseado em fatos Reais! Nazismo nunca mais! Retroceder nunca! Rendesse jamais! O Medo é meu Seguidor! A Dor é meu Pastor! Minha avó é De Salvador Doutor Severiano é Meu vô! O meu Romantismo Consiste em ver No teu espirro O maior sinal De Amor que Existe! Marreco, ganso e pato Santíssima trindade dos otários Viado, piranha d´boa! Mais ta ligado...! Traíra é mato! Não vendo fiado! Dois e dois quatro Ave Maria Jota Estar com a Cristal Tudo de mais Faz mal! Etc & Tal... Filho da Puta Cara de pau... ...e para finalizar Quero destacar : “A arma é uma Isca para fisgar! Você não é Policia para matar!” Sinsemilla, Chá de Cidreira, Erva doce e Camomila... D´ Mataraca a Cabedelo É so noia e Desespero! Tenho na Agonia O suprassumo de Minha Filosofia Eu e Tu Mais 5 litros de Pitu Viagra, Arabu, and Fuck You Em mulher não Se bate nem Com uma Flor Já dizia meu Avô! Nunca diga nunca! Antes tarde que nunca! D´aquela água nunca! Beberei... Bicho prego do Querei! Nosso Amor é Eterno, sei... Ei, Teu nome É ei?! No Bairro é Foda! La tem Embolada! Ciranda e Samba De Roda... Mas ta ligado!? Vá com um Chegado Amo o Gordo De Paixão! A Putaria tenho Devoção! Sou sobrinho de Titão! Do Grotão rua Do Can Cão Segui as migalhas De pão! E sendo Broder Seu, o touqe Ta dado... Pode crer Punk To ligado! Marquinho foi fechado Junto com dois Chegados Fuzilado! Na barraca de Maria... Onde bebiam O Mar viu Tudo! A Ressaca é Seu Luto! ...E por aqui Fico ao som Do Dj Negro Rico Mas só para Relembrar “A arma é uma Isca para fisgar! Você não é Policia para matar!” “Parece Cocaína, mas”. É só tristeza” Filosofia da Miséria? Ou Miséria da Filosofia? Quando fui a Catingueira comi Su shi Com rapa de Juá Dona Maria gritava: Asopra mininu mode O fogo pega! “Luar é meu Nome aos avessos Não tem fim Nem começo” Jacaré é Jacaré ...E marquinho é O bicho! Se me tem Amor Coma a minha Dor! Nicácio é Nicanô Pablo é Dodô Roberto é Caolhô Joaquim é Nabucô Dj é Ricô “Não compre plante!” “Tantos livros na Estante” “Olho por olho Dente por dente” Quelé caboco porreta Mascava Pimenta Malagueta Vivia como rei Na sarjeta Tinha tatooado nas Sobrancelhas: “A arma é uma Isca para fisgar! Você não é Policia para matar!”